Minha alma meada ancorada em um ponto qualquer,
entre o vácuo e o buraco de onde vem todos meus sonhos,
tem a corda puída.
Presa pelo trava-quedas é induzida ao medo
e pendurada pendula no escuro,
sem agarra para as mãos e pés soltos no ar.
Enquanto ouve "amar" "viver" "sentir"
(vozes distantes)
balança e se vai.
Se rompe e cai, pra longe daqui.
Esconda sua felicidade perto de mim,
pois minha infeliz vida irá testar seus pontos,
contestar seus nós e te ensinar o valor da queda.
Dê-me seguimento, ou sigo só.
Não aguento o desespero de polias soltas,
de rachaduras e rações.
Não há como escalar em bolhas,
Nem em toalhas.
Então...
Seja a montanha.
Boinas & Bigodes
domingo, 25 de novembro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Prece Precoce
Ela acordou mais uma vez disposta
a planejar meu dia.
Sentou-se sobre os pés e joelhos
e discutiu com Deus quem eu deveria ser.
Recebeu informações precisas,
revelações misteriosas do que eu sou e eu não sabia.
Mas no final de tarde, frustrada por não viver o seu dia.
Ela senta...
Chora...
E ora.
a planejar meu dia.
Sentou-se sobre os pés e joelhos
e discutiu com Deus quem eu deveria ser.
Recebeu informações precisas,
revelações misteriosas do que eu sou e eu não sabia.
Mas no final de tarde, frustrada por não viver o seu dia.
Ela senta...
Chora...
E ora.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
MaréMorto
Pode ser que o mundo inteiro esteja afogado dentro de um profundo sono enquanto eu, desesperado, procuro uma dose de liberdade. Não uma liberdade fingida, assim como também não estão em um sono qualquer. Pois o estado geral a que me refiro é mórbido, frio e desgostoso aos olhos, mas produz uma sensação confortável ao corpo sonolento. Por outro lado o estado à que tento despertar é o acordar e perceber o quão feio esse mundo é. E o quão lindo poderia ser se todos não dormissem tanto.
sábado, 8 de setembro de 2012
Prazer e Defeito
Tudo o que faço
Tudo o que penso
Tudo o que visto
Tudo o que falo
Tudo o que como
Tudo o que sinto
Por todas que me apaixono
Para tudo o que eu prometo
Para-brisas, parapeito.
O prazer e o defeito.
Tudo...
Faço bem feito.
Infelizmente há um vão,
Pois não há sentido sólido na razão
pela qual faço tudo:
Emoção.
Tudo o que penso
Tudo o que visto
Tudo o que falo
Tudo o que como
Tudo o que sinto
Por todas que me apaixono
Para tudo o que eu prometo
Para-brisas, parapeito.
O prazer e o defeito.
Tudo...
Faço bem feito.
Infelizmente há um vão,
Pois não há sentido sólido na razão
pela qual faço tudo:
Emoção.
Já virou clichê, eu sei .. Já virou.
Quando uma pessoa volta a um antigo hobbie, que a muito não praticava; ou quando você passa a usar uma roupa ou adereço que havia lhe prometido nunca mais usar; ou ainda quando um escritor autodidata inventa de voltar a escrever, é comum que o sujeito procure explicar o porquê deixou de jogar tênis, usar brincos ou digitar textos na internet.
Sinceramente, me sinto tentado a explicar porque parei de escrever e porque retornei. Da mesma forma me sinto com vontade de falar sobre como e porquê voltei de Curitiba para Canoas, ou porque fui para lá em primeiro lugar. Tais explicações certamente serviriam para me ceder certo tipo de conforto; me fariam acreditar que há uma razão por eu ter voltado e justificariam minha posição. Além disso, serviriam para causar enfado aos leitores, algo que prefiro evitar.
Entretanto, prefiro não seguir por essa linha. Antes que eu discorresse sobre os benefícios e prejuízos em ter um belo cavanhaque do que tentar justificar os meus erros e acertos. O que realmente importa, e é isso que pretendo ressaltar nessa primeira postagem é aonde estou agora, e o que pude aprender com as experiências que se passaram durante esses alguns anos sem escrever.
Eis-me aqui: Um escritor amador, neófito no pensar e homem de pouca fé, procurando com que esses três atributos cresçam assim como as minhas dúvidas sobre a vida tem crescido.
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